segunda-feira, agosto 10, 2009

Sobre as Baleias

Arpão desferido,
mensageiro assassino.
Ignora o choro do mar.

Ave de rapina,
Ignóbil e vampira.
Carniceira prestes a cear.

Volta ao ninho
carregando o desalinho
dos que temem o próximo rasante.

Arpão desferido.
Mar turvo e ferido...
Mais um colosso vertido em sangue.

domingo, março 15, 2009

Porto

Porto às sereias
que se escoram,
se inspiram
a cantar,
enfeitiçar
os marinheiro desenganados.

Leito da Lua
que se esconde,
que resplandece
antes de dormir,
e inspirar
poetas naufragados.


Túmulo da sanidade
que se esvaiu,
enlouqueceu,
esmaeceu,
e morreu assim,
como amante desesperado.


Sua beleza...
um porto,
um leito,
um túmulo.