Esteja com Deus minha criança.
E durma no infinito.
Esse oceano que te abraça,
É de pranto, quanta desgraça
Faz-se de acalanto as ondas.
Carregam seu pequenino corpo,
te livram de tamanho sofrer.
Entrego-te à sorte.
Benevolente é a morte,
frente à vida negra que ali espera.
Não te quero o açoite
Entrego-te ao mar.
E quando não mais me vires,
ainda que no horizonte te saúdo.
Navego rumo à morte dolorida,
anunciada pelo estalo do chicote,
pela gargalhada do estupro.
Sigo agora...
Não cabe mais sofrer.
As ondas que te acalantam
São as mesmas que me confinam.
As ondas que te abraçam
Navegam para longe esse navio.
Esteja com Deus minha criança.
E durma no infinito.
Para a Cia. Símpaticos - Universidade São Judas.
sábado, dezembro 15, 2007
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